quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mabthera e eu

De um lado do ringue, Tonhao, primeira luta. Do outro, Mabthera, o terrível.

No ringue ao lado, Dona Blanche, segunda luta. Caiu pra repescagem depois de perder para Nicotina Tyson. (Dona Blanche já tinha ouvido de um médico que iria ficar tetraplégica antes de descobrir que era um tumor).

Num terceiro ringue, Dona Vera, a Demolidora. Três anos de carreira. Sempre assim. Durante seis meses ela luta e nocauteia o inimigo da mesma forma que faz um crochezinho.

Três ringues, um ginásio, 10 metros quadrados, três lutas. Blanche, direita, esquerda. Vera, gancho, jab,

Tonhão, pimpão, otimista, suou, suou, suou. Vermelhidão. Nas cordas buscava uma correntinha de vento.

"Depois daqui vou a Saquarema", disse Dona Vera, a demolidora, enquanto aplicava outro jab.

Tonhao recuperava. Blanche nocauteava, se despedia, menos de duas horas.
Vera detonava. Já poderia estar em Saquarema, mas deve ser um prazer humilhar o adversário. Tonhão vai voltar. Golpe de Mabthera. E até então ele não tinha usado 10% da potência. Frio, muito frio. Tonhao se debatia como nunca na vida. Os médicos subiram no ringue. Cobertor, antialergico, dipirona. Não dava mais. Mabthera venceu.

E Tonhao ainda teria Ciclofosfamida, Vincristina e Doxorrubicina naquele dia. Ficou pra quarta-feira que vem. Tonhao contra todos eles... Inclusive Mabthera.

Ps: Amigos, tive uma reação alérgica ao Mabthera. Comum para marinheiros de primeira viagem. Pra semana esta sendo feita uma preparação especial. Vai dar certo. Fiquem tranquilos. Dona Vera e Dona Blanche são exemplos. Duas senhoras guerreiras. Fiquem em paz.

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